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sábado, 26 de novembro de 2011

Criatividade em Cada Folha

Foto: Hannah "brightdawns"

Está um dia maravilhoso, com nuvens se emplumando redondas, preparando aquele tipo de chuva que dá vontade de sair caminhando no campo para escutar os bichos conversando na beira das lagoas. É o que vou fazer amanhã, com ou sem chuva. Escutar as árvores balançando, olhar o vento, encostar a cabeça no tronco de alguma árvore e olhar a fogueira dançando suas estórias.

Inspiração é algo assim, como fogo. Acende e queima intensamente. Quando ela surge, é a vida se manifestando, é gostoso. Sinto-me intensamente vivo. O corpo inteiro trabalha nisso.

Gosto de compor e tocar música (sou tecladista) e já fiz algumas trilhas e coisas bem interessantes e criativas.

Mas percebo que escrevendo a pleno, a entrega é total, todos os corpos funcionam a pleno.

E por vezes acontece de perceber que estou suando, correndo, escalando, o corpo todo agitado pelo que está se desenrolando através das palavras. Como sou muito calado, talvez seja esta a forma de compensação, quem sabe por isso a percepção ampliada no toque da energia.

Toque que pode ser pelo olhar, pelo som. Não é apenas a coisa física que me liga com as pessoas, é qualquer forma de contato, um cheiro, um som, uma paisagem, um tempo no relógio, uma folhagem que nos espia quietinha no seu canto, com cada folha, feito olhos de criança, curiosa.

Observar inteiramente uma planta é uma técnica de percepção muito interessante. Pratique um exercício de meditação para centrar-se e depois observe uma planta específica e com o tempo vai perceber que ela também nos olha. Chega um momento em que percebemos que todas as plantas nos olham, todas as árvores nos vêem. E elas vão saber que você percebe isto. Este é mais um dos tantos motivos pelos quais aprecio tanto ruas arborizadas! É uma troca.

Gosto da criatividade porque me deixa mais curioso. Vontade permanente de  crescer, de conhecer o novo. De ver as coisas sempre de uma maneira nova. De poder voltar aos lugares que gostamos, sabendo que sempre serão novos para nós. E de poder ir onde nunca estive antes e às vezes, poder ir onde ninguém esteve antes.


Gilberto Prabuddha
19/11/1999


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