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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Fechar Sites faz os falsos deuses rirem

Evil Bunny.
Os vilões podem ter aparência inocente.
Foto ecpica


Fecharam o Megaupload por pirataria.

Em plena discussão de novas leis que dariam ao governo norte-americano maior controle sobre a internet, os caras devem achar que isto foi uma demonstração de força.

Não foi. Lamento.O pessoal do FBI pode ter a melhor das boas intenções, mas a força não está mais com eles.

O contra-ataque já veio. Um de muitos.

Algum tempo atrás escrevi justamente sobre o gigantesco poder que está nas mãos dos nerds que estão controlando a internet.

A ação do grupo "Anonymous" é só uma mostra disto, mas esta é uma facção supostamente independente das grandes empresas.

Na prática, são as grandes empresas que controlam a maior parte do movimento na internet, que hoje tem mais poder que qualquer rede de TV, jornais, etc. E governos inclusive. Vide Google, Yahoo, Microsoft, etc, etc, etc

E o que é pior, não são grandes "magos do mal" que estão com as armas nas mãos. 

Nem grandes órgãos a serviço dos governantes.

Uma boa parte são um bando de nerds, ou de filhinhos de papai megalomaníacos, ou neuróticos completos que passaram com nota dez na faculdade e agora se acham o máximo porque arrumaram um (primeiro)  empreguinho bonitinho de mico amestrado dentro de uma gaiola dourada numa empresa qualquer que virou gigantesca.

Não são os diretores e presidentes destas empresas que podem fazer o estrago maior. São os operadores do sistema, os que tem acesso direto aos sistemas, os que se masturbam enquanto bisbilhotam a vontade o que deve ser o paraíso dos fofoqueiros, a totalidade das informações pessoais a que tem acesso.


São pessoas com acesso e controle de tantas informações que estão começando a se manifestar de forma megalomaníaca como sendo "eleitos dos deuses" ou pior, estão começando a pensar que também são deuses, donos da vida dos outros, senhores do destino.

Sobre o ataque do "anonymous", vejam matéria do Slashdot, lá é a primeira de todas as fontes:
Slashdot - anonymous takes down doj-riaa-mpa and universal-music.

"Shortly after a federal raid today brought down the file sharing service Megaupload, hackers aligned with the online collective Anonymous have shut down sites for the Department of Justice, Universal Music Group and the RIAA. 'It was in retaliation for Megaupload, as was the concurrent attack on Justice.org,' Anonymous operative Barrett Brown tells RT on Thursday afternoon."


O poder não está mais nas mãos dos governos

O poder está nas mãos da nova classe de nerds com poderes ilimitados para acessar informações. São os funcionários das grandes controladoras da internet.

É a nova classe de governantes ocultos que está surgindo e ela é composta por gente anônima. Já escrevi sobre isto no blog. 


E poderes ilimitados para estes que vão se achar algum tipo de "deuses" tem seus efeitos rápidos. A primeira é de rirem muito de ações como as do FBI e dos políticos. Afinal, quem tem o poder nas mãos? Quem está la na sala de controle das conexões?

Alguém ainda acredita que grandes fornecedores de software, pegam só informações técnicas da máquina para atualização de seus softwares?


Imaginem então o que os funcionários que tem acesso a tudo estão fazendo. E com toda certeza, as informações são acessadas por muitos. Se alguém acredita que existem realmente "níveis de proteção", isto vale para acesso externo. Internamente é muiiiiiiito provável que muita gente tenha acesso praticamente direto a tudo.

Pensem por um instante no verdadeiro paraíso dos fofoqueiros que é o acesso livre ao conteúdo de todos e-mails do mundo.

Imagine as delícias tentadoras que devem ser para os que preferem ficar se masturbando com a vida privada dos outros.

Alguém acha que todos profissionais que tem acesso  informações privadas tem algum tipo de formação pessoal, de caráter, consciência, respeito, visão de algo maior e melhor, respeito pela vida, etc??? Infelizmente os que tem uma visão mais humanista são poucos. Muitos só estão ali pelo poder.


O FBI fez seu papel de policia. Tudo bem. O grupo anonymous mostrou um pouco da força que tem.

Mas quem está mostrando para todo mundo e a maioria não tem se dado conta, são os grandes provedores de internet. Eu não me preocupo com os presidentes, reis, governantes.

Eu me preocupo é com os funcionários destas empresas. São aquelas pessoas que ficam no seu quarto pendurados no computador dia e noite, só tem uma vida social virtual pela internet e para piorar, são contratados para ter acesso LIVRE as informações de todos, pessoas, empresas, governos, etc.

Tem gente boa nestas empresas, mas os maus, os que não estão nem aí para a vida dos outros, estes tem tomado vantagem. E fingem que estão quietos no seu canto enquanto planejam e colocam em ação atos megalomaníacos. Depois no seu quarto celebram solitários "sou o maior do mundo... mwhahahahahaha...."

Pensem nisto. Esta é uma nova classe dominante, pulverizada por toda parte e com poderes terríveis. E pior, como só conhecem o mundo de forma virtual, ou quando muito, trabalham nalguma empresa "bonitinha" vivem num aquário, isolados do mundo. Quem vive numa situação destas, irreal, confortável, pode facilmente  achar que o resto das pessoas também são assim, feito micos satisfeitos numa gaiola dourada.

Quem só enxerga o mundo de forma virtual, dificilmente vai ter muita sensibilidade ou cuidado com as demais pessoas.

Não se resolve problemas práticos das pessoas apenas clicando um "+1" na internet. Muitas vezes precisa botar a mão na massa. Ir na rua, ir numa comunidade e trabalhar, tirar a bunda da cadeira e pegar na enxada para cuidar da terra, etc.

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Empresas, escutem seus clientes

Sobre a relação empresa X consumidor publicado na Exame: Como Brastemp, Renault, Arezzo e Twix reverteram a crise nas redes sociais

A matéria fala sobre consumidores insatisfeitos que recorreram as redes sociais indo até vias extremas para conseguir ser ouvidos e ter solução para seus problemas.


As pontes que unem os mundos não tem paredes.
É hora de olhar para os lados.
Foto: Amber Dawn Davi
Meu comentário:

Falo com frequência que s empresas são organismos vivos sociais. Estes eventos ocorrem dentro e fora da empresa. Lembrem do público interno!!!

As vezes, nalgum artigo no meu blog falo sobre consciência e que isto se relaciona a gestão, procuro chamar a atenção justamente para que se perceba mais do que a si mesmo, mais que um ponto de vista, olhar o mundo de forma maior e diversificada.

Em reações como as citadas, em que a primeira atitude parece de (até de) fuga, é porque muitos ainda não perceberam que a internet é uma gigantesca memória.

Veja também o artigo: Redes Sociais e a Memória da Internet.



O que antes era esquecido logo, agora fica disponível na internet indefinidamente. É necessário o trabalho pessoal, meditativo, o estar presente de forma real e não apenas como jargão publicitário.

Atitudes concretas ganham disparado de discurso em qualquer área.

Atitudes restritivas, como censurar um comentário meu, objetivo e não ofensivo foi maneira de diminuir a credibilidade sobre a empresa noutro artigo devido a incoerência das informações prestadas pela mesma.

São inúmeras situações em que podemos ampliar nossos horizontes, que acabam sendo mal exploradas quando se limitam a repetir pensamentos feudais e deixam de abrir as janelas para um mundo novo e melhor.



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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Bom Emprego ou Vender a Alma por Tostões?


Interessante como certas empresas passam uma imagem que parece que as pessoas que estão lá vivem numa fazenda linda e maravilhosa, podem trabalhar com qualidade de vida e olhar pela janela sem culpa.

Aí vem uma reportagem sobre uma delas e o que mostram é outra coisa bem diferente. Essa é da Revista Exame: O Expediente na Natura é Nervoso


Nota: Este comentário foi censurado pela Exame (veja nota 2). Fazia muito tempo que algo assim não ocorria. Aliás, na Exame deve ter sido a única nestes anos todos. O vídeo parece feito por agência de "propaganda" e deve ser matéria paga. Escrevi para a jornalista responsável duas vezes e para o Editor, simplesmente sem resposta. Realmente estranhei muito pois eu entenderia perfeitamente (e aceitaria melhor) uma explicação sincera do tipo: realmente é uma matéria paga.

Nota 2: A Exame publicou dois dos comentários finalmente. Fazia um certo tempo que não olhava de novo a matéria. Estou verificando hoje, que com excessão do primeiro, os dois comentários seguintes (repetição do primeiro e depois questionando), foram liberados no site da Exame. Lá consta a data da postagem original e dali fiz cópia para o artigo abaixo. Não sei em que data isto finalmente foi liberado. Mas parece que levar adiante a minha queixa, no caso postando aqui, funcionou. Mas seria melhor uma simples resposta como dito acima. Mantenho o restante o comentário pois a questão é o ambiente de trabalho e não as regras editoriais da revista onde comento faz muitos anos.



Meu comentário:


Primeiro, deixo bem claro que não tenho nada pessoal contra a empresa, que é uma entre tantas que mostram uma imagem mais ou menos assim. Na minha casa uso alguns produtos deles, que são de boa qualidade até onde verificamos.

O objetivo deste comentário é escrever minha opinião sobre "como é trabalhar numa empresa que passa uma imagem assim, e sobre quem é que produz o que consumimos". Sim, eu me importo em saber como são as empresas e como vivem as pessoas, tanto quanto me importo em saber como alguém faz seus produtos. Por exemplo, eu não gosto de empresas que vivem as custas de trabalho (semi-)escravo nalgum buraco lá no oriente e com isto ferrando os concorrentes, ou enchendo o mercado de porcarias.

Vamos lá.

Ok, a empresa é grande e tem ambiente de alta performance. A impressão que tive na matéria é que a empresa neste ambiente "nervoso", de alta performance, resultados a curto prazo, pressão por resultados, etc, como citados pelos diversos entrevistados, vem contra muitas imagens que a empresa tem na mídia.

Pergunto: qual a REAL qualidade de vida dos funcionários? Um saláriozinho um pouco melhor em troca de stress e muita pressão? A imagem que tive é de que arrancam o couro das pessoas. Isto compensa o pouco que se ganha a mais?

Sustentabilidade, integração com a natureza com certeza não é ficar tipo bicho-grilo só curtindo paz e amor e coisa e tal. Mas ter uma carga de tarefas que combine trabalho, estudo, lazer, repouso é necessário. (Leia também: A Produtividade do Tempo Bem Usado)

Pergunto, como estão na realidade as famílias destes que estão o tempo todo sob carga? Sabe aquelas pessoas que trabalham feito doidas e quando finalmente aparecem em casa, mal conseguem dar atenção (de verdade) para a família .

Interessante que nas imagens da reportagem, a maioria das pessoas eram jovens, sem muito brilho no olhar, vários pareciam entristecidos. Quando eles cansarem, passarem dos trinta anos, para onde irão?


Instalações e propaganda bonitinha não compensam.

Parece que tem que poucas pessoas para fazer o trabalho de muitas. Se contratassem um pouco mais de pessoas quem sabe o ambiente seria menos nervoso, menos estressante, porém mais criativo e produtivo.

Produtividade não se arranca junto com os rins.

Quando empresas falam sobre tecnologia verde, sustentabilidade, preservação da natureza e isto e aquilo, falo que para isto ser real, trabalha-se primeiro de tudo com o nível de consciência das pessoas.  Isto começa com as lideranças. Autoconhecimento, meditação, atividades reais de integração consigo e com o mundo.

De nada adianta escrever releases bonitinhos, se aquilo mostra-se apenas redação de marketing e no máximo, de shamãs e ocultistas formados em bancas de revistas. Mestres instantâneos de cursinho de final de semana tem por aí feito erva daninha. Palavras copiadas daqui e dali. E cadê o fundamento, a vivência real?

As tais normas ISO qualquer coisa, quando voltadas a produtividade em sintonia com a natureza, só deveriam ter validade quando a empresa fosse certificada por pessoas que lidam com a natureza realmente, como os shamãs, os mestres em meditação, enfim aqueles que vão aprender sobre a natureza conversando com ela no seu dia a dia e não apenas como uma aulinha qualquer escondida.

De que adianta escrever num canto qualquer sobre a importância de "bem estar" e "estar bem" se isto desmorona facilmente ao se verificar que as pessoas estão num ambiente "nervoso" o tempo todo?

Trabalhar bastante é bom, e é legal quando isto é sob uma base distribuída e equilibrada, em que altos e baixos podem ocorrer. Todos lugares tem suas épocas de mais ou menos serviço, faz parte da estrutura do mundo.

Foto: Michael Menefee
A própria natureza tem as estações do ano para nos lembrar sobre como as coisas andam.

Colocar o pé no fundo do acelerador e cimentar, é sinal de que mais hora menos hora, alguma peça vai quebrar por desgaste e precisará ser trocada.

Mas pessoas não são peças. Pessoas são parte de algo. Aliás, são partes de muitas coisas. Quando falo de tomar contato, conhecimento e integração consigo e os demais estou falando disto também.

Nosso primeiro contato é conosco, nosso corpo, mente, emoções, espírito.
Depois com nossa família, marido, esposa, filhos, amigos.
Depois nosso grupos sociais, grupos de amigos, colegas de trabalho, de escola, de esportes.
Depois de uma coletividade maior, seu bairro, cidade, estado, país.
E todos fazemos parte de uma grande coletividade chamada humanidade, e esta faz  parte do todo maior que é a vida do planeta e também com este.
Nos relacionamos tanto com nossos familiares tanto quanto com a natureza que nos circunda e dela fazemos parte.

Uma empresa também é um organismo. Um organismo social, tem vida. Não é um amontoado de peças que podem ser simplesmente trocadas quando quebram. E como qualquer mecanismo, precisa de manutenção preventiva, tanto quanto nosso corpo, mente e espírito precisam de alimento e cuidados.

Pessoas que se desgastam pelo excesso de serviço numa empresa, são partes desta que muitas vezes não poderão ser repostas. Serão no máximo trocadas por outra, mas lembremos da perda do conhecimento e experiência que isto representa.

Quando alguém vai para outro local, outra empresa, como parte de sua evolução natural, isto é bom. Mas e quando ela se vai por desgaste ou até mesmo por desavenças? Todos perdem.
Um cliente insatisfeito é uma má propaganda para a empresa. Mas as empresas esquecem que um funcionário insatisfeito também.

Devemos aprender a observar, ouvir , estudar e buscar aplicar na prática aqueles conceitos que muitas vezes são apenas palavras bonitas num mural na parede para ser visto pelos visitantes. Palavras bonitas não fazem nada. Atos integrais sim. Agir de acordo com o que se pensa, fazer aquilo que se prega.

Tudo isto faz parte do resultado da empresa, seus produtos.

Você já parou para se perguntar qual é a energia que você está recebendo junto com um determinado produto? Positiva, negativa, neutra?
Veja, as pessoas passam sua energia pessoal para aquilo que fazem. Todos sabem que não fica muito boa a comida se o cozinheiro está mau humorado, ou num péssimo dia pessoal, mesmo que repita mecanicamente a receita.
Como é a energia presente num produto em que as pessoas estão num tremendo stress? Como são muitos dos alimentos industrializados em pavilhões por pessoas insatisfeitas e que muitas vezes estão falando mau de seus patrões e situação de vida? É essa energia que vem no que você consome.

As pessoas estão produzindo felizes? O lavrador está cuidando com carinho da sua plantação? A empresa que produz o que você faz tem um ambiente legal e isso vem para você?

Por isso é importante o trabalho conosco, pessoal, antes de tudo. É a semente de felicidade que buscamos em nós que germinará.

Espera-se que só os funcionários vistam a camiseta da empresa, mas uma empresa que realmente veste a camisa dos funcionários, e da população a que serve, terá melhores produtos e resultados.

P+

quinta-feira, 30 de junho de 2011

OLIVE - Ideías e Dicas Simples Para Emergências

O site OLIVE foi feito para ajudar vítimas de terremotos (e tragédias naturais como enchentes, tempestades, etc) coletando uma grande variedade de coisas que podem ser feitas em caso de desastres.

Também servem como dicas de sobrevivência para quem for para áreas de poucos recursos, incluindo excursionistas e pessoas que gostem de acampar, por exemplo.

Estas informações são muito úteis para qualquer um que precise improvisar alternativas emergenciais.

Lá tem projetos de todo tipo, pro exemplo, como improvisar lanternas usando latas de refrigerante, como coletar e manter água potável, fazer abrigos para dormir, fazer talheres, aquecer o corpo das mais variadas maneiras, criar alternativas para manter a higiene, fazer cadeiras confortáveis com caixas de papelão, adaptar um calçado para isolar água e frio, até brinquedos para distrair as crianças.

Enfim, tem várias instruções simples e que podem ser usadas em todo tipo de situação de emergência em que as pessoas precisem improvisar com os recursos que tenham restado.

Sugiro a divulgação disto para todos que lidam com situações de emergência.

Divulgue!

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Máquinas, Robots - Cadê a Humanidade?

Foto: Phil (Beast 1), França

Estas máquinas são incríveis. Gosto de assistir documentários sobre tecnologia e desde criança adorava estudar a vida dos grandes inventores.

Mas lembro que muitas destas invenções servem apenas para aumentar a produção, em detrimento das pessoas.

Máquinas são boas quando ajudam em tarefas perigosas, ou que seriam difíceis demais para as pessoas.

Por exemplo, uma lixadeira, ou até mesmo máquinas para descascar árvores.


Algumas máquinas são ótimas. Outras são um exagero. Algumas, um abuso.



Agora, quando tiram o trabalho de muitas pessoas a coisa muda bastante. Um robot de linha de montagem, uma máquina de colher cana, tira o emprego de centenas, até milhares.
E os ditos "empresários" ainda se perguntam porque estas pessoas deixam de consumir, ou demoram a conseguir outro trabalho.

Estas máquinas são caríssimas. Seu valor, muitas vezes é o mesmo (ou muito mais) que o salário dos trabalhadores, treinamento, etc que seriam necessários para fazer o mesmo serviço.

Porém, trabalhadores humanos precisam descansar.
Humanos estão sujeitos a problemas de saúde por condições insalubres ou perigosas.
Humanos reclamam quando as coisas não são satisfatórias.

Máquinas produzem sem reclamar.
Não falam da sujeira, nem do mau cheiro quando existe.
Máquinas não participam de sindicatos.


Não cogitam em fazer greve nem pedem aumento.

Máquinas não mudam sua produção se a máquina do lado quebrar. Nem se alguém do grupo estiver com algum problema sério. Muito menos, são afetadas pelos resultados de algum jogo esportivo ou pela política.

No máximo, a máquina precisa alguma manutenção de vez em quando.
Se estiver bem regulada, vai produzir um determinado resultado previsível de forma contínua.
Quando a máquina deixa de ser útil, é apenas jogada fora sem reclamar, sem ficar batendo na porta de alguém, sem ficar preocupada se vai passar necessidade.

Então, muitas vezes, a suposta economia está no corte de custos humanos, no corte do papel responsável dos dirigentes que preferem o cômodo e aparentemente fácil caminho da omissão.

Mas quando a empresa participa da comunidade, existem formas conscientes de gestão em que a maior parte do que seria problema para alguns, tornam-se pontos positivos para a empresa.

Se a empresa tem a visão de que é também um organismo social, que faz parte de uma coletividade e procura atuar junto dos demais, os resultados podem ser excelentes.

Que tipo de organismo social é sua empresa? Um organismo que interage com os demais de forma colaborativa? Ou será um predador? Quem sabe, mais uma sanguessuga.

O que sua empresa produz em termos de valores humanos e sociais, que são os verdadeiros objetivos para qualquer cadeia produtiva? Seja o que for que sua empresa faça, ela tem como meta os clientes, o público, a sociedade.

É como plantar sem nunca cuidar da terra. Pode-se ter alguma colheita, mas logo perde-se o chão. Alguns são predadores, faturam e abandonam a terra e procuram outro lugar para sugar.

As máquinas deveriam ser feitas tomando o ser humano como medida. Para ajudar na sua tarefa e não para jogá-lo no meio da rua. Para onde ele irá? Você está preparado para encontrar esta pessoa daqui algum tempo e saber que é diretamente responsável ou até culpado pela sua situação?
Ou seja, o que você faz como empresa realmente é algo bom para os demais?

Ao invés de monstruosas máquinas enormes, quem sabge seria melhor pensar em unidades menores, até mesmo indivíduais. Manteriam as pessoas e estas poderiam realmente ser mais produtivas, ter melhor qualidade de vida e teriam tempo para aprender mais, criar coisas novas. Deixariam muitas vezes de trabalhar tanto, poderiam até aumentar a produção, com mais qualidade. E até com uma renda pessoal melhor.

Algumas máquinas existem apenas para satisfazer o ego de alguém. Tirando a megalomania de algum cientista, são inúteis. "Olha mamãe, fui eu que fiz!"...

Humanos, precisam de manutenção sempre. Física, espiritual, emocional. Seres humanos precisam evoluir como pessoas.

Máquinas parecem não ser motivo de consciência pesada, uma vez afastado os humanos.

Se a automação acabar com os empregos, é pura ingenuidade e estupidez falarem que estes desempregados terão que buscar especializações. Vide os trabalhadores do campo por exemplo. Uma única máquina pode tirar o emprego de centenas. Porém só vai ter vaga para dois ou três especializados. E todos os demais? 
Automação em grande escala é ruim. É necessário substituir as grandes máquinas, por outras menores e mais inteligentes, mas que sejam feitas para as pessoas. Ao invés de trocar mil trabalhadores por uma máquina, por que não fazer máquinas menores, usadas or todos, que proporcionem melhor qualidade no que fazem? Muito do que se faz hoje na área, visa mesmo é acabar com reclamatórias trabalhistas por más condições de trabalho. As máquinas não reclamam.E os que tem cobiça demais, ou vaidade demais por seus inventos, não gostam de ouvir queixas nem de ser contrariados.

Máquinas são uma coisa boa, quando bem usadas, quando adequadas ao que se destinam: o bem de todos.


Usada sem exageros, a tecnologia é benéfica.
Foto: Jean (safran83), França


NOTA IMPORTANTE: As imagens são meramente ilustrativas e foram procuradas apenas pelo seu contexto ilustrativo e valor artístico. O autor deixa claro que o artigo é de natureza geral e não pretende ofender, ameaçar, injuriar, caluniar, nem prejudicar de qualquer forma os fabricantes dos equipamentos ilustrados. A intenção do artigo é de propor uma melhoria na qualidade e produtividade na adoção de tecnologias em prol humanidade e evolução humana.

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Liberdade de Religião

Freedom of Religion Means Any Religion.

Liberdade de Religião Significa Qualquer Religião.



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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Fale com o mundo com o celular tradutor do Google

Pessoas de diferentes costumes poderão buscar um mundo maior, e melhor.
Foto: mio yamada

O advento já previsto a décadas pelas obras de ficção, como Star Trek, de um aparelho capaz de traduzir conversas em línguas diferentes,  foi apresentado por Eric Schmidt, presidente do Google, durante palestra na IFA, feira de eletrônicos em Berlim, na Alemanha.

Isto acrescenta a possibilidade de ampliação social entre pessoas de países muito distintos, formando uma base cultural miscigenada e com isto, então, abrir oportunidades de negócios inimagináveis nos dias atuais.

Na prática, hoje as pessoas usam a internet para consultar o dados da loja do bairro, falar com alguém que mora perto. A maioria das pessoas sequer acessa sites distantes mais que 100km da sua casa.

Se ampliarmos o entendimento da linguagem, teremos a possibilidade de ampliar o entendimento e gerar novos costumes, com todo um universo de possibildiades resultantes.

Autoconhecimento e gestão de si mesmo serão itens diferenciais para os que forem liderar estas caminhadas.

E por que? Porque lidar com culturas diferentes de forma tão abrangente não se trata apenas de trato político, ou simples negócios. A tecnologia de tradução não converte costumes, ideais, conceitos, etc para o idioma do interlocutor.

É preciso escutar e ouvir.

E quem é capaz de ouvir a si mesmo, aprimorando práticas como meditação, autoconhecimento, busca de melhorias pessoais, suas e no seu relacionamento com os que estão ao redor, incluindo e principalmente, nas empresas, certamente terá melhor entendimento e aproveitamento das situações tanto quanto, a possibilidade de ser melhor compreendido e aceito.

A tecnologia está cada dia mais presente, mas sem evolução pessoal, sereis apenas máquinas.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Havaianas estimulam comportamento do Capeta

As havaianas é claro renderam muitos comentários do tipo: "minha filhinha de QUATRO anos perguntou o que é sexo!"

Imagino o ambiente moralista e repressor em que vivem. E estamos no século XXI, mas ainda muitos vivem na Idade Média, a Idade das Trevas, cheias de demonios e encostos torturando seus pensamentos, escravizadas pelo medo.

Papai, Mamãe, o que é sexo?

Uma tremenda pouca vergonha de depravação escandalosa do demonio para nossa sociedade que merece ter seus valores protegidos contra coisas completamente absurdas e questionáveis como essa sensacionalista exploração de argumentos maniqueistas tentando confundir a boa índole de gente de bem que trabalha e cuida de suas familia contra a intromissão externa de noções que se tornam justamente questionáveis se não fizermos nada para aprimorar nossa consciência sobre a importância de dias melhores e mais harmoniosos sem que as pessoas percam a calma simplesmente porque ainda não tem coragem ou instrução social, moral e cívica e não conseguem dizer para seus filhos pequenos que "sexo simplesmente é quando duas pessoas adultas namoram" e ponto!

As crianças entendem muito bem respostas diretas e não precisa entrar em detalhes desnecessários para a idade! Conversem com um asssistente social ou com um pediatra ou psicólogo!

Essa pecaminosa conjunção de palavras endemoniadas confunde as pessoas desavisadas, joga o pecado como argumento e faz com que as mais tímidas continuem tímidas sem necessidade.

Namorar é bom e saudável e pronto.

E se minha filha, sobrinha, neta, quiser namorar, pode ir.

O importante não é se ela vai dar o rabo, mas saber o que está fazendo, com quem e porque.

Se é por amor, amizade ou diversão, o importante é saber cuidar de si mesma e aproveitar estes bons momentos de forma madura.

Pecado é o que está na cabeça das pessoas.

P.S. As moças maiores de idade favor enviar email com foto.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

As Havaianas e a Eguinha Pocotó

Está sendo comentado em vários locais, como no blog da Cristiane Correa, Editora executiva de EXAME, a respeito de uma campanha publicitária das Havaianas (citando) "em que uma neta conversavam num restaurante. Eis que entra no local o galã Cauã Reymond e a simpática velhinha diz pra neta que ela precisa de um moço como aquele. Para casar? Não, para sexo."
Link para a matéria na revista Exame: http://portalexame.abril.com.br/blogs/cristianecorrea/listar1.shtml



Minha Opinião:

Pronto. Foi feito o escândalo. E tiraram a propaganda do ar por que teve muita gente, ou melhor, alguns, se manifestaram porque aquilo é uma vergonha, um escândalo, onde é que já se viu e por aí vai.
Bem, eu convivo com pessoas que não são da população mais elitizada, conheço mais gente ainda que é tanto de familias de nível ABCD e que gostam das coisas comuns da vida, como rir, conversar, dançar, sem muita preocupação com algum sentido oculto que possa estar numa simples brincadeira.
A maioria, crianças, velhas, senhoras, moças, mocinhas, religiosos ou não, de todas as profissões, simplesmente achou graça e já esqueceu no minuto seguinte. Foi só uma piadinha de salão e pronto.
Mas para alguns que coisa terrível!!! Uma senhora, imagem representante máxima dos valores da família falando de forma tão vulgar!
Olha, a maioria das mães e avós que conheço riram junto. E sem preocupação. Claro que algumas até comentaram que antigamente mal dava para se olhar para o lado sem ter os censores nos perseguindo.
Mas sexo, continua sendo aquele cruel punhal perseguindo a mente daqueles que não fazem e criticam os outros. Quem pensa demais em sexo e não faz, vira nisso.
Quem tem uma vida saudável, isto inclui uma sexualidade saudável, que faz parte da vida humana, não se preocupa com algo assim.
E tenho certeza, de que DEUS não é um velho xarope que fica lá no céu sentado o dia inteiro preocupado com o que faço com meu saco.
Por isso, antes deste post republiquei o comentário que fiz sobre a Eguinha Pocotó. Lembram daquela música que a turma achava engraçada? Pois é, brincadeira é só isto.
Caso Havaianas, internet social e outras coisas sejam problema, estou atendendo mocinhas e mulheres legais que procurem assistência para a manutenção saudável da natureza humana. Enviar e-mail com fotos de preferências bem liberais.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Deus e o Anti-Cristo da Internet 2.0

Ao ler os comentários da matéria do Guilherme Pavarin, na Revista Info Online, "O homem que duvida da Web 2.0.", notei que algumas pessoas pareceram ser tocadas pelo que poderia ser um teor religioso pois alguns apelidaram o escritor inglês Andrew Keen de "Anticristo do Vale do Silício".


Meu comentário:

Parece-me que Andrew Keen crítica "o quê" é feito com a tecnologia, e não o "como".


Daí que ele logicamente utilize os recursos disponíveis.

Esta distinção é importante, pois é disto que se originam alcunhas, mesmo que extrapoladas, como de "anticristo", que na verdade, é apenas um apelido satírico.
As pessoas muitas vezes vão restringir-se ao sentido literal de palavras, perdendo a oportunidade de ler as frases escritas e seu conteúdo.
É como escutar e não ouvir. Nota-se pela leitora que critica o uso de palavras como "crentes, igreja", esquecendo que estamos falando de sociedade, tecnologia, evolução humana.

E se for mesmo o caso de perceberem que a Internet é realmente uma grande igreja, o maior templo do mundo, a face externa de Xangrilá, ou a manifestação do grande Nirvana na Terra, com crentes, devotos, místicos, sacerdotes, seguidores, etc apinhados em multidões nas portas de seu templo, instaladas em computadores ao redor de todo mundo?
A Fé tornou-se a confiança de que a caminhada será feita a cada clique do mouse, a cada Enter.
Cada website visitado será uma benção ou um desafio a ser vencido.
As respostas, que no passado, estariam restritas a locais cheirando a vela, passam a ser encontradas nos sites de busca e os confessionários preferidos, são os sites eroticos e as salas de chat.
As grandes liturgias, tornam-se em debates nos fóruns apinhados de gente suada esfregando-se ensandecidas e apertadas nos minusculos discos miniaturizados que concentram gigabytes e mais gigabytes em poucos centímetros e pelos grande e longos cabos de fibra ótica ou nos devaneios espaciais das transmissões wireless, como quentes sussurros no ouvido...
A busca e o encontro da espiritualidade nunca foi tão próximo dos que trocam sua fé por um Deus que pode ser ligado e desligado da tomada.

Mas este mesmo deus que está na tela do computador, penetra seus súditos que trocam os cultos, por longas sessões hipnóticas e envolventes, chegando com frequencia ao extase músico-religioso.

Quem vai processar Deus por estar disponível ao alcance de um click? Quem é dono da idéia de Deus para cometer a heresia suprema de que ele não existe tão perto de nós?
Ué... o que são aquelas nuvens se abrindo e o sol aparecendo tão forte? Que luz estranha é essa sobre mim? Daonde vem essa música tao linda que parece tocar em todos os lados? Por que o Santo Google de repente está falando sózinho?


Sobre Pirataria

As pessoas questionam preços, que realmente, acabam muitas vezes sendo elevados em relação ao nosso poder aquisitivo, enquanto um feirante vende uma cópia pirata por um décimo do valor ou menos.

Realmente, a facilidade de acesso, legalizada ou não, de material na internet é algo que mudou drasticamente a forma como ocorrem negócios.

Tomando música e livros como exemplo, eu sou escritor e músico semi-profissional. Tenho músicas no www.myspace.com/gilbertostrapazon e noutros sites de música. Mas pesquisando no Google, vejo minhas músicas disponíveis para download em centenas de sites do mundo todo. Mas não recebo um único centavo por isto. E não é tanto pelo download gratuito, mas porque nós não temos aqui no país, a possibilidade de receber valores de forma mais simples, como ocorre em diversos países. Por exemplo, através de cartão de crédito, como nos Estados Unidos. Lá, você pode receber valores pelo cartão. Com isto, eu poderia colocar um valor mínimo, e isto, utilizar os serviços de sites especializados, incluindo o próprio Myspace e outros, que intermediam a compra de músicas, livros, etc. Quando não existem tantos empecilhos burocráticos, e também estimulados por uma economia mais forte, as pessoas fazem questão de pagar os artistas. Nem tudo é pirateado, pelo contrário. Mercados como o Japão, onde dezenas de milhares as pessoas compram as novidades só para conhecer, e outras centenas de milhares que poderão ser potenciais interessados, representam imensos potenciais a serem explorados.

Hoje, a venda de CDs e DVDs pirateados, prejudica primeiro os artistas, que não recebem nada. Mas além destes e de todo pessoal envolvido, gravadoras, produtores, diagramadores, equipes de estúdio, etc existe um vilão (um entre muitos) que as pessoas parecem não perceber: São os fabricantes de CDs e DVDs (a mídia física). Estes, recebem 100% do valor do seu produto. Quando inventaram a fita cassete, houve a sugestão de criar impostos e taxas sobre as fitas, justamente para compensar o problema das cópias. Mas acho que deve-se pensar, em ter mais facilidade para as pessoas pagarem valores mais justos, de forma direta mesmo, na internet, seja por cartão de crédito, ou até como débito direto no celular, etc

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Carreira: É hora de aprender a fazer menos por menos.

A InforWorld lançou um manifesto: "Os tempos mudaram, é hora de fazer menos com menos."

Minha opinião:

A iniciativa é extremamente válida e importante. A cultura do "muito mais" com "muito menos", faz muito passou do ponto de prudencia e austeridade saudável, passando para ganância opressiva e austeridade severas, quase sinônimos até de mesquinharia e falta de visão para os demais.
Muito mais por muito menos apenas nos levou ao desequilíbrio pessoal, profissional, social.
A distribuição de cargas de tarefas cada vez mais, são representativas do conceito "ganha-ganha", de obtenção de máximo lucro e rendimento, de forma predatória.
A sistemática de "campo arrasado" apenas vai levar as empresas e os profissionais, ao ponto de difícil solução, de colapso e esgotamento dos recursos disponíveis. Tanto quanto ocorre pela destruição sem reposição adequada (e justa) de matas, recursos hidricos e minerais, estão os profissionais, que deixarão de ser repostos.
Logo mais, quem vai querer entrar numa área em que a exploração vil e a falta de respeito, profissional e pessoal, e a pouca chance de renumeração justas e adequadas, tem se tornado cada vez mais comum?
Qualidade e produtividade não significam opressão e atividades constantemente intensivas. Pelo contrário, como todo e qualquer recurso natural, a mão de obra precisa alternar períodos de trabalho, repouso, lazer, estudos e ser devidamente recompensada e valorizada. Elogios sinceros fazem falta tanto quanto renumeração e carga de trabalho decentes.
As empresas que insistirem na ótica de exaurirem profissionais e depois simplesmente descartá-los, bem como as que ignoram os alertas para qualidade no cuidado e tratamento de suas informações,
apenas estão colocando sobre si mesmas, o rótulo de futuros fracassados.
A empresa perde quando algo é mal feito por solicitação (e pressão). E perde mais ainda, quando além de ter que refazer, sofre o baque de perder competitividade, clientes, reputação.
Conquistar um único novo cliente, custa mais do que manter muitos satisfeitos. A pior coisa, é sua empresa ter apenas um ótimo profissional. São necessários muitos. E nestes dois casos, basta um insatisfeito para levar os demais consigo.

Por isso, fazer menos, mas bem feito, para fazer melhor para todos.

O manifesto e o fórum do movimento estão no link:
www.infoworld.com/slowit
www.slowit.net

A ComputerWorld publicou também matéria sobre o assunto:
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2009/07/27/10-mandamentos-para-fazer-menos-com-menos/IDGComment_view

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Retenção de Talentos - Os que sobem a montanha


One In A Million You

Foto Kelly Gibbs
Meu comentário para matéria da Patrícia Lisboa, publicada na  Computerworld: Gestores de tecnologia devem adotar políticas para retenção de talentos.
"Para especialista, os líderes de TI precisam cuidar para que, além das políticas de capacitação, suas equipes tenham benefícios financeiros."



Meu comentário:

Falta de talentos? Acho que não. O que vejo é falta de oportunidade e discernimento. E uma supervalorização da cultura de que baratinho e mesmice são melhor para a empresa.

Se olharem tudo como se fosse apenas custos esquecendo os resultados que serão obtidos, é óbvio que mais um pouco estarão vendendo até as mesas para economizar, sem entender porque todos terão problemas de coluna, e menos ainda porque estão insatisfeitos.

Empresas querem resultados melhores, inovadores, mais rentáveis, etc. Mas para mudar, é preciso fazer algo diferente. Quem nunca erra, é porque nunca tentou fazer algo diferente.

Todos os dias vejo pessoas que fazem a mesma coisa todos os dias, esperando ter resultados diferentes.

Não adianta pintar as paredes de dourado se não houver evolução na cultura da empresa, valorizando e reconhecendo o profissional talentoso, aquele que se destaca dos demais, e que naturalmente tem um nível de competência que não se deixa esmagar pela inércia ou dogmatizarão do ambiente.

Claro que nem todos profissionais são iguais e nem todos terão o mesmo nível e aptidão.

Nem todos são talentos, gênios, regulares ou medíocres.

Nossa existência é diversificada!

Mas é importante, que todos, dentro de seu nível, sejam tratados de forma equivalente.

Temos os grandes e os pequenos talentos, e lembremos, que se alguém é brilhante numa determinada tarefa, nem sempre terá o mesmo sucesso noutra.

No seu artigo "Os oito níveis de programadores", Jeff Atwood conceitua muito bem diferentes níveis de profissionais:
No nosso mercado, acho que a maioria fica na faixa de 1 a 3, infelizmente. Precisamos mais de nível quatro. Poucos terão um nível cinco ou mais. Ninguém sai da faculdade e entra de paraquedas direto no nível quatro.

Existe uma caminhada a ser feita para estar neste nível. "Natura non facit saltum!" Ninguém é bom sem experiência. Não adianta decoreba de cursinho nem diploma bonito. Tem que saber e ter capacidade. Mozart compunha desde os cinco anos, mas já havia passado horas e horas praticando.

O jovem talento é aquele que vai começar quase de cara no nível dois. A pouca experiência e conhecimento são logo utilizadas de forma destacada e compensadas com disciplina, responsabilidade e ética, que se agregam e consolidam se houver a oportunidade.

Talento implica necessariamente em vocação. Talento é nato, vocação é trabalho. Uma obra de arte é 10% de inspiração e 90% de transpiração. Mas são 90% bem aproveitados. Tem que ter qualidade. O lenhador que não para nem para afiar seu machado, pode parecer trabalhar mais, porém, produz menos, e com pior qualidade.

Talento não se compra pronto. O talento deve ser cultivado de forma séria. Comparativamente, de nada adianta investir pesado adubando e cuidando de uma semente de ervilha, se você precisa os resultados de uma árvore frutífera.

As pessoas esperam ser reconhecidas e valorizadas. Devem ser compartilhados por ambas as partes, funcionário e empresa.

Quem acha que santo de casa não faz milagre, deveria lembrar que são justamente estes que muitas vezes terão a oportunidade do reconhecimento ao serem levados para fazer milagre para outra empresa, quem sabe sua concorrente.

Portanto, sempre é bom lembrar as diretorias para tratar as pessoas com o mesmo respeito e reconhecimento que também gostariam de receber.

Quer ser tratado como um Rei? Trate toda sua equipe como parte do clã ou até como súditos leais, mas nunca como lacaios (capachos).

Pessoas nas mesmas atividades, e da mesma forma, em toda empresa, devem ter as mesmas condições respeitosas de serem reconhecidas, e daí sim, serem tratadas de forma diferenciadas de acordo com seus méritos.

Vemos grandes empresas com políticas muito bonitinhas, muita propaganda, mas que só servem para alguns enquanto outros são solenemente ignorados, ou tratados como reles serviçais da casta superior.


Quantos daqueles quadros lindos de "Missão da empresa" ou pior, certificados ISO-alguma-coisa se tornam um ridículo "nada" quando a realidade é forjada.



Reter talentos significa também compromisso com ideais em comum, e não apenas vestir a camisa da empresa. Quantas são as empresas que podem dizer (sem crescer o nariz), que também vestem a camisa dos seus funcionários? Na hora que a empresa precisa, conta com o funcionário. Mas e na hora que o funcionário precisa, conta com quem?

Como um barco singrando o grande oceano, a tripulação conhece seus comandantes e sabem por que estão ali? São (mesmo) parte da equipe ou a cultura do descartável banaliza as atividades, simplificando avaliações sob óticas míopes e limitadas, muitas vezes mascarada pelo comodismo e inércia?

Talentos não crescem sozinhos. Chefias e equipe devem aprendem mutuamente. Disto surgem os ganhos, méritos e premiações para ambos.

Comprometimento é algo para todos e falta de palavra resulta em perda imediata de confiança, uma mancha difícil de remover ou ser esquecida.

E caso alguma coisa não possa ser cumprida, mas for tratada em grupo, de forma clara, pode ser uma boa oportunidade de incrementar o sentimento de estarem no mesmo barco, rumo ao sucesso.

Todo sucesso profissional é bom para a empresa como um todo. Ninguém cresce sozinho. A empresa que reconhece seus talentos se torna mais aberta e confiável, pois o mercado não é cego. As pessoas conversam entre si. Informações de negócio e opiniões sempre estão muito além de muros. Fazem parte da vida social, de alguma forma.

Recompensar financeiramente talentos deve ser frequente sim. Valorização pessoal e profissional, pelo incentivo ao crescimento e melhoria são aspectos importantes, mas poder desfrutar dos ganhos que seu trabalho gera, são fundamentais. Tapinha nas costas é bom, mas prosperidade também e é bom de saber que está tendo a renumeração justa e perfeita pelo seu trabalho. E a partir de certo patamar, a pessoa passa a ser realizada profissionalmente e, premiações são apenas um adicional, que deve ser lembrado e poderá ter várias formas.

Crescimento não é só promoção de cargo. Existem os especialistas, que ao invés de subir verticalmente, vão se desenvolverem nas suas áreas de atividade até se tornarem mestres do ofício.

E os que sobem, farão isto até atingir seu nível de incompetência, o seu limite natural. Alguns cairão como Ícaro.

A retenção dos talentos nas empresas vai depender muito do como seu mérito pessoal e profissional é percebido na empresa e o retorno recebido. Seu chefe gosta de você? Some três pontos. Seu chefe sabe o que você faz? Some dois pontos. Se você é realmente qualificado, seu chefe sabe a diferença entre a qualidade do seu serviço e qualquer porcaria que tiver por aí? Senão souber... xiiii...

Faz pouco no Slashdot teve um comentário, sobre a diferença entre ter um chefe orientado a produção de fábrica (quantidade) e outro que é da área de conhecimento. O post é muito objetivo se pensarmos em como talentos podem ser desprezados ou valorizados numa empresa: Australian Study Says Web Surfing Boosts Office Productivity.
"Knowledge work is entirely different from manufacturing type work. The relationship between actual production and hours-spent is very weak. We aren't screwing on hubcaps; we have to coax the glob of meat between our ears to cooperate.
Where I work, there are managers who (incompetently) think knowledge workers should be managed like factory workers. These chumps have extremely high turnover, and their employees seem defensive and stressed most of the time. One such manager constantly monitors his employee's internet usage, and fires all of those who visit non-work-related web sites.
If you have an incompetent manager who thinks he's running a factory, browse anyway. You really should be happy if you get fired for moderate web use, because you will be miserable trying to build a career under such a buffoon, anyway."


Se você é desprezado por alguém que não sabe reconhecer a diferença, não adianta perder tempo esperando algum reconhecimento.

Reconhecer méritos é ter a capacidade de perceber capacidades e resultados. E também ter humildade para observar e ponderar, antes de tirar conclusões.

Quais os critérios para avaliar colaboradores? Quem está no comando sabe distinguir e tem (pelo menos algum) conhecimento sobre a atividade? E se tem, este é usado com sabedoria?

No final da Segunda Guerra Mundial, no Laboratório de Los Alamos, uma equipe dos melhores cientistas do mundo, que projetaram e construíram a Bomba Atômica, estava numa sala, debatendo e conversando em frente ao quadro negro lotado de equações. O General Groves, principal líder do projeto, entrou na sala, olhou aquele grupo conversando, e fuzilou a pergunta: "-por que não estavam trabalhando?”.

Talento é ser capaz de utilizar seus recursos e obter resultados melhores.

Reconhecer talentos é ser capaz de reconhecer diferenças que vão muito além de acumulo de tarefas repetitivas ou de estressar a equipe.

Não faltam talentos. Mas falta às vezes até visão empresarial séria e profissionalismo. Vejo com frequência a reclamação de falta de talentos, inclusive em matérias de capa. Mas logo de início o texto comenta a falta de geniozinhos recém-formados com umas dúzias de siglas da moda, para trabalhar de (quase) de graça. Mas depois de dois ou três anos, a tecnologia evolui, e temos programadores medíocres, que não sabem programar, sem lógica, nem conhecimento da finalidade de sua atividade.

Precisamos novos e antigos talentos, e se deve cuidar para que todos tenham oportunidade de continuar seu crescimento sob risco das nossas empresas serem atropeladas num prazo muito curto, não pelas concorrentes equipes indianas, nem qualquer balela disfarçada de outsourcing que "atravessadorias" tentam nos convencer por aqui, mas pelos veteranos profissionais norte-americanos e europeus, melhor pagos, com experiência, reconhecimento e, que sabem como fazer o serviço.

O surgimento de verdadeiras senzalas virtuais tem sido um responsável direto pela trituração e desperdício de muitos talentos, esmagados pela falta de oportunidade, condições dignas de trabalho e renumeração.

Talentos também são perdidos em processos de seleção, feitas por pessoas desqualificadas, incapazes de avaliar ou julgar profissionais de ponta. Usam critérios muitas vezes torpes, e até testes que beiram a ofensa profissional, pela primariedade e falta de senso.

Um bom profissional sabe avaliar naturalmente outro de sua área. E talentos tendem a ser naturalmente reconhecidos e respeitados pelos seus colegas. Então é de se esperar, que tenham a oportunidade de serem avaliados e indicados por pessoas capacitadas, e com conhecimento da área.

E só para lembrar, já que estamos falando de talentos, por acaso, nossos melhores jogadores de futebol vão para o exterior. Melhores salários e reconhecimento. Ué, mas aonde é mesmo o país do futebol? O que dizer então da nossa área de TI.

Perder talentos pode significar a perda do conhecimento do próprio negócio, ficar atrás da concorrência e se tornar dependente. Quantos sistemas hoje estão funcionando pela inércia, fazendo que negócios de vulto estejam à beira de grandes problemas de continuidade e prejuízos incalculáveis?

O profissional regular, trabalha, segue normas, cumpre suas tarefas. O talento, também. Mas se precisar inventa o relógio, cria novas opções, não se conforma em fazer apenas o básico. O talento é inquieto e curioso. Pergunta a si mesmo o que pode ser feito diferente, o que pode ser melhorado, o que existe para aprender e criar. Será que vale a pena valorizar isto? Se sua empresa acha que não, tudo bem, pois poderá ter uma rotina padrão e um rendimento padrão mesmo assim. Mas se acha que sim, parabéns. São estas que fazem a diferença.

Os frutos mais doces, geralmente estão nos galhos mais altos, nos locais de mais difícil acesso. Na natureza, nada é de graça.


06 de abril de 2009